quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

11dez2025 - Playlist da longevidade? Estudo aponta que música pode reduzir risco de demência

Estudo aponta que música pode reduzir risco de demência

   Se você precisava de mais uma desculpa para colocar suas músicas favoritas pra tocar, aqui vai uma ótima: ouvir música pode reduzir o risco de demência e não é pouco. Um novo estudo mostrou que pessoas acima dos 70 anos que mantêm o hábito musical têm quase 40% menos chance de desenvolver a doença.

   A pesquisa analisou 10.893 australianos com mais de 70 anos, todos vivendo de forma independente e sem diagnóstico de demência. Eles responderam perguntas sobre o quanto ouviam música e se tocavam algum instrumento. E os resultados são daqueles que merecem um bom “aumenta o som!”.

   Quem disse que ouvia música sempre - e não só “às vezes” - apresentou 39% menos probabilidade de desenvolver demência após três anos de acompanhamento, além de 17% menos risco de ter comprometimentos cognitivos mais leves. Essas pessoas também mandaram melhor em testes de memória e raciocínio, especialmente na memória episódica (aquela que ajuda você a lembrar o que fez ontem sem precisar olhar o calendário).

   Os benefícios também apareceram para quem toca um instrumento: esse grupo teve 35% menos chance de desenvolver demência. O efeito, porém, não se estendeu a outros tipos de declínio cognitivo, como já apontaram alguns estudos anteriores.

   E quem ouve e toca música? Aí o combo fica ainda melhor: 33% menos risco de demência e 22% menos risco de outros comprometimentos cognitivos não relacionados. O nível de escolaridade também influenciou - quanto maior, maior o impacto positivo da música.

   Segundo Emma Jaffa, pesquisadora de saúde pública da Universidade Monash, os resultados sugerem que atividades musicais são uma “estratégia acessível” para manter o cérebro saudável na terceira idade, mas ela reforça que o estudo não prova causalidade. Ou seja, música pode ajudar… mas ainda não dá pra bater o martelo.

   Outro detalhe: perda auditiva é um fator de risco importante para demência, e estudos mostram que aparelhos auditivos podem ajudar a reduzir o declínio cognitivo. Logo, ouvir música não faz mal nenhum, muito pelo contrário.

   Como explicou a epidemiologista Joanne Ryan, também da Monash, “ouvir música ativa várias regiões do cérebro” e funciona como uma mini academia mental, ajudando a manter tudo funcionando direitinho.

   A pesquisa completa foi publicada no International Journal of Geriatric Psychiatry (https://onlinelibrary.wiley.com/). Enquanto isso… que tal dar play no seu álbum favorito?  (#CreativeNews)

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