Chuvas deixam rastro de
destruição e mortes em Petrópolis
Setenta e uma pessoas, entre as quais oito crianças, segundo autoridades, perderam a vida, mas esse número pode aumentar, levando-se em conta que ainda não se tem ideia de quantas pessoas estão desaparecidas.As fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na terça-feira, dia 15, causaram além de mortes, muita destruição, e não se tem ideia do número de pessoas que podem estar soterradas nos escombros de casas destruídas e do barro que desceu dos morros.
Na manhã desta quarta-feira, dia 16 de fevereiro, a Prefeitura de Petrópolis, e o Corpo de Bombeiros Militar, informaram que até aquele momento foram constatados 35 mortos, mas esse número subiu já na tarde de hoje para 71. O Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, está trabalhando na identificação dos corpos. Ainda não se sabe o número de pessoas desaparecidas.
A Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para atendimento de vítimas.Em entrevista a uma emissora de TV o prefeito Rubens Bomtempo disse que vai tomar todas as providências para que tudo volte ao normal o mais rápido possível e de imediato disse já ter decretado estado de calamidade pública no município.
Uma imagem que chamou muito a atenção, foi de uma mãe que, mesmo debaixo de chuva, usou de uma enxada para tentar encontrar o corpo da filha que ficou soterrada debaixo dos escombros da casa que havia sido destruída. Mais tarde o corpo da filha dela foi encontrado pelos bombeiros.
Muito medo, angústia e muitas incertezas é o que resta para os que estão sofrendo com a calamidade. Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.Um dos locais mais afetados foi o morro da Oficina, no Alto da Serra, onde grande deslizamento atingiu várias moradias. Segundo a Prefeitura de Petrópolis, estima-se que 80 casas tenham sido afetas no local.
A Defesa Civil havia registrado 176 ocorrências, sendo 148 deslizamentos de terra e diversos pontos de alagamento. Em seis horas choveu 260 milímetros. O acumulado foi maior do que todo o esperado para o mês de fevereiro. A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento no município.
As autoridades reforçam que a cidade segue em Estágio Operacional de Crise e orienta que a população fique atenta aos informes e alertas que podem ser atualizados a qualquer momento.
O Governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro, foi a Petrópolis, articulando toda a ajuda necessária neste momento.
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