quarta-feira, 5 de novembro de 2025

05nov2025 - Quais temas o Brasil levará para a COP30 sobre mudança climática da ONU?


O Brasil, como país-sede da COP30 (que será realizada em Belém, no Pará), está buscando estabelecer uma agenda ambiciosa e com foco na realidade da Amazônia e nos países em desenvolvimento.
Os principais temas e propostas que o Brasil levará para a conferência, com base nas comunicações oficiais da Presidência e nas prioridades do governo, incluem:

1. Novo Financiamento Climático e Sinais Econômicos
   O tema do financiamento é central, com o Brasil propondo mecanismos inovadores para mobilizar recursos para a ação climática nos países em desenvolvimento:

Taxonomia Sustentável Global: O Brasil busca colocar no centro do debate a necessidade de uma taxonomia sustentável padronizada e oficial. O objetivo é definir de forma clara e objetiva quais atividades são realmente sustentáveis, combatendo o greenwashing e orientando investimentos (ESG) para a economia verde.

Aceleração do Acordo de Paris e Novas Metas (NDCs): Cobrar o cumprimento das metas globais e criar um "mapa do caminho" para o financiamento climático, buscando tirar do papel novos modelos de investimento.

Novos Mecanismos de Financiamento: Propostas como o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), visando criar um fundo para a preservação florestal e oferecer benefícios a comunidades tradicionais.

2. A Amazônia e a Inclusão Social
Sediar a COP na Amazônia (Belém) coloca o foco na biodiversidade, florestas e justiça social.

Voz dos Povos Tradicionais e Indígenas: O Brasil pretende dar protagonismo às comunidades locais e tradicionais, mostrando que a preservação da floresta em pé está intrinsecamente ligada à garantia dos seus direitos territoriais e à valorização das economias da sociobiodiversidade.

Transição Justa: O país defende que a transição ecológica não pode ignorar os impactos sociais e que deve gerar empregos, renda e desenvolvimento de forma resiliente e inclusiva para as populações mais vulneráveis.

Redução do Desmatamento: O Brasil busca apresentar seus avanços no combate ao desmatamento e soluções para a agricultura sustentável e uso de energias renováveis.

3. Mutirão Global e Implementação
A presidência brasileira tem destacado o conceito de "Mutirão Global", inspirado em valores indígenas, para mobilizar a cooperação:

Implementação Acelerada: A principal meta é transformar compromissos climáticos em ações concretas com a velocidade necessária.

Mobilização Ampla: A COP30 é vista como uma plataforma para transcender divisões e mobilizar não só governos, mas também a sociedade civil, setor privado e a juventude, no esforço coletivo contra a crise climática.

Esses temas refletem o esforço do Brasil em usar a COP30 para promover uma agenda que une a conservação ambiental do Sul Global com as urgências econômicas e sociais.

O presidente Lula da Silva (PT) terá uma agenda focada no balanço dos dez anos do Acordo de Paris, no Fundo de Florestas, em transição energética e na importância do financiamento e dos oceanos durante a cúpula de líderes que precede o evento.

As perguntas que esperam respostas:

1 - A Noruega é a maior doadora do fundo Amazônia. Isso é benevolência ou peso na consciência por serem um dos maiores exportadores de petróleo do mundo?

2 - Desde a sua concepção, qual foi a política de maior impacto gerada pela COP30? Atualmente as COPs parecem servir apenas para turismo político.

3 - Qual é a capacidade do Brasil liderar políticas ambientais enquanto avança com a pec do desmatamento e prospecção de petróleo no norte do país?

4 - O presidente Lula vai abordar a decisão de explorar a margem equatorial do Norte para explorar petróleo. Isso é muito contraditório em relação ao objetivo principal da COP30.

5 - Mercado de carbono = outros exploram, constroem, se industrializam, e para compensar, outros continuam subdesenvolvidos e recebem uma mesada. É isso? (CVG)







05nov2025 - Lula fala em ‘matança’ no Rio e quer PF investigando operação


   O presidente Lula da Silva (PT) defendeu uma investigação independente sobre a atuação policial na megaoperação que deixou 121 mortos no Rio, com a participação de legistas da Polícia Federal (PF) para apurar as circunstâncias das mortes. 

   “É importante a gente verificar em que condições ela [a operação] se deu, porque até agora nós temos uma versão contada pela polícia, contada pelo governo do estado e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação”, disse o presidente. 

   Lula está em Belém (PA) para cumprir agendas da COP30, e, em entrevista à Associated Press e à Reuters, se referiu à operação como uma “matança”. “O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas, do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa.” 

   As falas marcam a primeira crítica direta do presidente ao episódio. Na semana passada, ele havia se limitado a defender o combate ao crime organizado, sem confrontar a atuação do governo fluminense ou das forças de segurança estaduais. (g1)

   Não demorou para a oposição reagir. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, criticou o presidente por não citar os policiais mortos. Já o senador Ciro Nogueira (PP) retomou uma fala recente do petista - de que traficantes seriam “vítimas de usuários” - para atacá-lo nas redes. 

   “Lula prova de novo que acha que os traficantes são vítimas. Presidente, houve matança sim: os bandidos mataram 4 policiais e atiraram em vários outros”, escreveu. (Folha)

   Horas depois da entrevista, a conta oficial de Lula no X reafirmou que o governo atua para “quebrar a espinha dorsal” do tráfico e do crime organizado, com foco nas “cabeças do crime”. 

   A mensagem manteve o tom do Planalto, ao reiterar a aposta em inteligência e integração das forças de segurança, e alinhou esse discurso às propostas já enviadas ao Congresso, como a PEC da Segurança e o projeto de Lei Antifacção. Em Brasília, aliados disseram não ver mudança no discurso do presidente. (Valor)

   Mas o Planalto teve uma vitória importante no debate sobre segurança pública. Por seis votos a cinco, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI do Crime Organizado, derrotando o nome da oposição, o senador Hamilton Mourão (Republicanos), que ficou com a vice-presidência, após acordo. 

   Contarato, que já divergiu do PT em temas de segurança, prometeu independência. A CPI vai investigar a estrutura e a expansão de milícias e facções como o Comando Vermelho e o PCC por 120 dias, prorrogáveis por mais 60. 

   O relator será Alessandro Vieira (MDB), autor do requerimento e nome de consenso entre governo e oposição. (UOL)

05nov2025 - Avião de carga cai nos EUA




   Um avião de carga da UPS caiu nesta terça-feira (4) no aeroporto Muhammad Ali, em Louisville, Kentucky (EUA). Três pessoas estavam a bordo, mas ainda não há informações confirmadas sobre o estado das vítimas.

   O jato McDonnell Douglas MD-11 partia rumo a Honolulu, no Havaí, quando apresentou falhas logo após a decolagem. Testemunhas relataram que uma das asas pegou fogo, e vídeos mostram a aeronave soltando fumaça antes de cair e explodir.

   A UPS, uma das maiores companhias de logística do mundo, utiliza o aeroporto como sede de seu centro global de triagem, o Worldport, o maior do planeta. O impacto e o incêndio espalharam destroços e combustível por uma extensa faixa, com chamas visíveis a vários quilômetros de distância.

   Devido à grande quantidade de combustível transportado - comum em voos longos de carga - o fogo se espalhou rapidamente, gerando uma densa nuvem de fumaça sobre a cidade.

   As autoridades locais mobilizaram bombeiros e equipes de emergência e pediram que os moradores evitem circular num raio de 7,5 quilômetros do aeroporto até que a área seja totalmente isolada e o fogo controlado.