sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Polícia Federal prende Deputado João Magalháes


Operação Capitu prende

Deputado João Magalhães 

 Deputado João Magalhães com o Vereador Rafael Victor
A Operação Capitu um desdobramento da Lava Jato e feita em conjunto com a Receita Federal e baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB.
João Magalhães com eleitora e o prefeito de Ipanema Dr. Walter

A Polícia Federal prendeu na manhã de 9 de novembro, o vice-governador de Minas Gerais Antonio Andrade (MDB), em investigação sobre suposto esquema na Agricultura. Os 

crimes teriam ocorrido durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e os agentes ainda cumprem 63 mandados de busca e 19 de prisão no Distrito Federal, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso, em desdobramento da Operação Lava Jato, um desses é contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que está preso no Paraná... Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.


Além de João Magalhães, deputado estadual pelo MDB de MG, foram presos Antonio Andrade, vice-governador de Minas e ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014 (A PF fez buscas no gabinete do vice-governador de MG. Ele foi preso em uma fazenda em Vazante, no Noroeste de Minas Gerais), Joesley Batista, um dos donos da JBS, Ricardo Saud, executivo da JBS, Demilton de Castro, executivo da JBS, Neri Geller, deputado estadual eleito pelo PP de MT e ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014, Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária, Mateus de Moura Lima Gomes, advogado, Mauro Luiz de Moura Araújo, advogado, Ildeu da Cunha Pereira, advogado, Marcelo Pires Pinheiro, Fernando Manoel Pires Pinheiro...

Durante a campanha deste ano, João Magalhães teve apoio de vereadores e do prefeito
De acordo com o apurado, um esquema de arrecadação de propina funcionava dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo. Segundo as investigações, as empresas doavam dinheiro para políticos e partidos e dois grandes supermercados (BH e EPA), em Minas Gerais, estariam envolvidos no esquema, por meio de seus controladores e diretores.
Pesa sobre o vice-governador a suspeita de que teria beneficiado a JBS com decretos quando era ministro da Agricultura, no governo Dilma e que teria determinado a regulamentação da exportação de despojos, a proibição do uso da ivermectina de longa duração –droga antiparasita– e a federalização das inspeções de frigoríficos. A JBS teria feito pagamentos no valor de R$ 2 milhões pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões na proibição da ivermectina de longa duração.

Se indiciados, os envolvidos vão responder pelos crimes de constituição, participação em organização criminosa, obstrução de Justiça, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.