sábado, 19 de março de 2016

Monomotor cai em São Paulo: Sete mortos

Uma aeronave de pequeno porte
caiu sobre uma casa na zona
norte de São Paulo.
 

Segundo informações do Corpo de Bombeiros paulista, a queda ocorreu as 15 horas e 23 minutos de sábado, dia 19, cerca de 200 metros da pista do Aeroporto do Campo de Marte. O acidente provocou a morte de pelo menos sete pessoas e deixou uma mulher ferida.

Os nomes das vítimas ainda não foram revelados. O avião tinha capacidade pra sete pessoas. Entre os mortos o piloto, co-piloto e demais passageiros, ninguém que estava na aeronave sobreviveu. Após a queda, houve explosão. Alguns corpos já foram retirados dos escombros. Quatro homens e três mulheres estavam no avião.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião modelo CA-9, prefixo PR-ZRA pertence a Roger Agnelli, ex-presidente da Companhia Vale. Não há informações se ele estaria ou não na aeronave.

O coordenador das ações de resgate, major Hengel Ricardo Pereira, afirmou a profissionais de imprensa que não é possível fazer a identificação dos corpos no momento, devido ao estado prejudicado dos corpos. As informações são de que o avião bateu na garagem e na sala do sobrado de três andares. De acordo com o major da aeronave sobrou apenas pedaços da fuselagem retorcida, local em que foram encontrados os corpos.

Residencia ficou destruída
(Foto: Marcio Ribeiro/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Na casa estariam, no momento do acidente, cinco pessoas: quatro adultos e uma criança. A queda da aeronave comprometeu a estrutura do imóvel. Havia fogo em um dos cômodos da casa de três andares atingida. O incêndio provocado foi eliminado rapidamente pelos Bombeiros,evitando que se propagasse. O avião atingiu uma casa e parte de um outro imóvel vizinho.
Residencia ficou destruída.
Os cinco moradores da casa, dois casais e uma criança saíram correndo pelos fundos e não sofreram ferimentos graves. Uma mulher que mora na residência foi levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, na região central da cidade, segundo os bombeiros.

Pelo menos quinze viaturas chegaram a Rua Frei Machado, na Casa Verde, para atender a ocorrência  A aeronave caiu na Rua Frei Machado, 110, perto da Avenida Braz Leme.  O querosene do avião escorreu pela rua pegando fogo e atingiu cinco carros. Vizinhos informaram que árvores também pegaram fogo.
Não há ainda outras informações sobre vítimas ou o que provocou a queda. O aeroporto de onde o monomotor havia acabado de decolar é para tráfego de aviões executivos, é destinado também para o serviço de táxi aéreo e ainda funciona como escola de pilotagem. O aeroporto foi fechado.

Notícia em atualização.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu a nomeação de Lula

Ministro do STF, Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff e determinou que as investigações contra Lula voltem à alçada do juiz federal Sérgio Moro, informou a assessoria de imprensa do Supremo.

Na decisão, Mendes cita conversas telefônicas de Lula interceptadas pela Polícia Federal, entre elas a que a presidente diz que enviará o termo de posse no ministério ao antecessor para que use "em caso de necessidade", e argumenta que o ex-presidente foi nomeado para evitar sua prisão... Lula é investigado pela operação Lava Jato, que apura um bilionário esquema de corrupção na Petrobras.

Para Mendes, esse diálogo revela "o objetivo da presidente da República de nomear Luiz Inácio Lula da Silva para impedir sua prisão". O ministro diz ainda que o termo de posse enviado a Lula seria "espécie de salvo conduto" da presidente para seu antecessor.
"Ou seja, a conduta demonstra não apenas os elementos objetivos do desvio de finalidade, mas também a intenção de fraudar", afirma Mendes em sua sentença.
"Ante o exposto, defiro a medida liminar, para suspender a eficácia da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, determinando a manutenção da competência da Justiça em primeira instância dos procedimentos criminais em seu desfavor", determina o ministro.


Lula e Dilma
Cabe recurso à decisão de Mendes ao plenário do Supremo. Procurada, a Advocacia-Geral da União não foi encontrada para comentar.
A ida de Lula ao ministério foi criticada e gerou manifestações em várias cidades do país. Críticos afirmaram que ela teve o objetivo de dar ao ex-presidente prerrogativa de foro junto ao STF e tirá-lo do alcance do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, localizada em Curitiba, que concentra as ações da Lava Jato.

Lula é alvo de uma denúncia e de um pedido de prisão preventiva elaborados pelo Ministério Público de São Paulo, mas que foram enviadas por decisão de juíza do Tribunal de Justiça paulista para análise de Moro.

(Fotos: Reprodução)

Leia também: Mulher acaba com a vida das filhas e se suicida

quinta-feira, 17 de março de 2016

Decisão liminar suspende a posse de Lula no Ministério da Casa Civil

Decisão liminar provisória,
suspende a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil


Em decisão tomada em uma ação popular movida por um advogado, o juiz federal Itatiba Catta Preta Neto, do Distrito Federal, suspendeu nesta quinta-feira, dia 17 de março, por meio de uma decisão liminar provisória, a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. A liminar segue valendo até o surgimento de um recurso, que caberá decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Pela nomeação, Lula (foto) substitui Wagner na Casa Civil. Aragão (que é subprocurador-geral da República desde 2004) assume o cargo em substituição a Wellington César Lima e Silva, que pediu exoneração no dia 15. 
De acordo com afirmação de Dilma, Lula, além de ser grande líder político, é um grande amigo e companheiro de lutas. “Seja bem-vindo, querido companheiro ministro Lula. Eu conto com a experiência do ex-presidente Lula, conto com a identidade que ele tem com esse país e com o povo desse país. Conto com sua incomparável capacidade de olhar nos olhos do nosso povo, de entender esse povo. A sua presença aqui, companheiro Lula, mostra que você tem a grandeza dos estadistas. Prova que não há obstáculos à nossa disposição de trabalharmos juntos pelo Brasil.”

Na quarta-feira, dia 16, desde por volta das 17 horas até à noite, manifestações contra Dilma, Lula e o PT ocorreram em vários estados do país. Em Brasília, eles se concentraram na Praça dos Três Poderes em frente ao Palácio do Planalto e depois em frente ao Congresso. Houve manifestações em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo em outras capitais e outras cidades país afora, com panelaços, buzinaços e até as barulhentas vuvuzelas.

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Conversas telefônicas complicam Lula e Dilma

"Sociedade deve fiscalizar 'governantes que agem nas sombras', diz Moro


O juiz Sergio Moro (foto) afirmou no despacho que transformou os grampos telefônicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversas públicas, que o ‘interesse público’ impôs o fim da continuidade do sigilo sobre as conversas gravadas. A publicidade sobre as conversas telefônicas do ex-presidente, segundo ele, permitirá o “saudável escrutínio público” sobre a administração pública. E disse mais: “A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras”, escreveu Moro.
O magistrado citou a prisão de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em novembro por tentativa de obstruir a Justiça ao negociar o pagamento de uma mesada à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não se tornasse delator.

Moro incluiu no inquérito que tramita em Curitiba uma conversa telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela diz que encaminhará a ele o “termo de posse” de ministro.
O diálogo entre os dois foi interpretado pelos investigadores da Lava Jato como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão.

Uma nota divulgada pelo Palácio do Planalto apresenta sua versão sobre o telefonema acerca do termo de posse de Lula na Casa Civil e repudia a divulgação do áudio feito por Moro. Segundo Dilma, a iniciativa foi uma “afronta aos direitos e garantias” da Presidência da República.
Lula iria tomar posse nesta quinta (17), segundo o Planalto, diferentemente do que todos os ministros envolvidos na operação do anúncio de sua entrada no governo vinham falando –a data prevista era de terça-feira (22).
A nota diz que, Dilma apenas enviou o termo de posse para Lula assinar, já que sua presença na cerimônia não era certa. A nota não faz referência ao uso “em qualquer necessidade” do documento, como a presidente diz na gravação legal da Polícia Federal.

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quarta-feira, 16 de março de 2016

Minha Casa Minha Vida em Ipanema

Veja quantidade de imóveis entregues
e recursos aplicados em IPANEMA
Pesquisa mostra a quantidade de unidades habitacionais urbanas e rurais, contratadas e entregues pelo Programa, bem como o valor total dos financiamentos e subsídios aplicados por município do país
           
O levantamento foi elaborado com dados do Programa Minha Casa,
Minha Vida - PMCMV do Ministério das Cidades (MCID).


O Programa tem por objetivo promover a produção ou aquisição de novas unidades habitacionais, ou a requalificação de imóveis urbanos, para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00, através do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, bem como subsidiar a produção ou reforma de imóveis aos agricultores familiares e trabalhadores rurais cuja renda familiar anual bruta não ultrapasse R$ 60.000,00, através do Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR.

A pesquisa permite consultar a quantidade de unidades habitacionais: 1) contratadas nas faixas 1, 2 e 3*; 2) em fase de ações preparatórias necessárias para o início das obras como emissão de licenças, alvarás, projetos complementares; 3) com as obras iniciadas; 4) com as obras concluídas, entre as fases de ateste de final de obra e entrega aos beneficiários e finalmente; 5) entregues, que já estão na posse dos beneficiários/compradores.

O levantamento permite ainda visualizar os valores: 1) dos financiamentos contratados para a aquisição ou produção das unidades habitacionais; 2) dos subsídios aplicados nas operações oriundos do Orçamento Geral da União - OGU; 3) dos subsídios aplicados na aquisição das unidades habitacionais oriundos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e; 4) do total de recursos utilizados nas operações do MCMV, oriundos do governo federal, composto dos financiamentos e subsídios.

* Obs.: Enquanto as unidades urbanas contratadas nas faixas 1, 2 e 3 são destinadas respectivamente as famílias com renda até R$ 1.600, R$3.500 e R$5.000, as rurais são destinadas as propriedades com faturamento anual até R$15.000, R$30.000 e R$60.000 respectivamente.

***

Mas, em Ipanema foi feito algo com relação ao programa?
Em que lugares essas casas foram construídas?
Quantas famílias foram beneficiadas?
Foram construídas na área urbana ou na rural?


Vamos então, particularizar dados sobre o programa no município de Ipanema...
ACOMPANHE NOS GRÁFICOS ABAIXO...














        






sábado, 5 de março de 2016

Juíza suspende nomeação de 'novo' ministro

ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO,
ENTÃO NÃO VALE EMPOSSAR

Juíza suspende nomeação de 'novo'
ministro da justiça de Dilma


E Dilma ainda tem a cara de pau de falar em 'respeito à Constituição',
ao nomear ilegalmente o 'novo ministro bolivariano da justiça'.

Agora, o "ministro" terá de escolher ou ficar no MP da Bahia ou ser Ministro por alguns dias. Sim, isso mesmo, alguns dias, por que ao que tudo indica a casa de Dilma cairá como caiu a de Lula. As delações estão aí. É só questão de tempo até a Lava Jato derrubar todos esses cavalos nesse tabuleiro de xadrez político e jurídico.

A juíza federal Solange Salgado, da Primeira Vara da Justiça Federal de Brasília, suspendeu na sexta-feira (4), por meio de liminar (decisão provisória), a nomeação, pela presidente Dilma Rousseff, do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva. A decisão atende a pedido formulado na última quarta-feira (2) pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Ele argumentou que a Constituição Federal proíbe membros do Ministério Público de exercerem outra função pública, salvo a de professor.
O despacho da juíza determina a intimação urgente da presidente Dilma Rousseff para seguir a decisão, que ainda pode ser contestada com recursos.
Além disso, por se tratar de liminar, a decisão poderá ser derrubada no julgamento da ação. Na ação, o deputado argumentou que a nomeação de Wellington César “contraria frontalmente os comandos da Lei Maior, além de caracterizar um grave ato contra a moralidade administrativa”.

Em sua decisão, Solange Salgado diz que Wellington César Lima e Silva poderá ser novamente nomeado no cargo “desde que haja o necessário desligamento (por exoneração ou, se for o caso, aposentadoria) do cargo que ocupa, desde 1991, no Ministério Público do Estado da Bahia”. Ex-procurador de Justiça da Bahia, ele está atualmente afastado do cargo.

Em outra parte da decisão, Salgado também justifica a determinação de anular um ato da presidente da República. “Qualquer autoridade que participe ativa ou omissivamente da ilegalidade ou abuso de poder tem legitimidade passiva na ação popular, desde o mais alto ao mais baixo grau hierárquico”, diz.


(Fonte: Folha Centro Sul - Foto: Reprodução)

"Limpeza" no Instituto Lula antes da chegada da PF

Computadores e arquivos
foram escondidos antes

da chegada da polícia
Policiais federais descobriram que o Instituto Lula foi alvo de uma “limpeza” antes
da deflagração da Operação Aletheia nesta sexta-feira (4), a 24ª fase da Lava Jato
Policiais federais descobriram que o Instituto Lula foi alvo de uma “limpeza” antes da deflagração da Operação Aletheia nesta sexta-feira (4), a 24ª fase da Lava Jato, cujo principal alvo foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não foram encontrados computadores e arquivos no cumprimento do mandado de busca e apreensão no local. “O instituto foi ‘limpo’ antes das buscas. Alguém se precaveu, escondendo o que podia”, diz uma fonte com acesso às investigações.Em casos similares na Operação Lava Jato, esse tipo de obstrução serviu para que os investigadores pedissem a prisão preventiva do investigado. Quando o ex-diretor Paulo Roberto Costa pediu às filhas para esconder documentos dos escritórios, essa foi a justificativa citada pela Polícia Federal para prendê-lo. Também o operador Guilherme Esteve de Jesus foi preso quando foi localizado um vídeo em que a mulher dele saía pelos fundos da casa, com material relevante para a investigação, pouco antes da chegada dos policiais
.
Lula foi obrigado a prestar depoimento por mandado de condução coercitiva.
Ele começou a ser ouvido por volta das 8h no Aeroporto de Congonhas e o interrogatório terminou pouco antes das 12h. O ex-presidente, familiares e aliados são investigados pela suspeita de que foram favorecidos por dinheiro desviado do petrolão, o esquema de corrupção da Petrobras.
(Fonte: Daniel Haidar – Revista Época)


Mais notícias relativas

João Santana e enteada foram avisados
3 dias antes da Operação Acarajé e
tentou destruir provas – Lava Jato

Conforme já noticiado a Policia Federal pediu a prisão preventiva de João Santana, porém os motivos mais graves que deve manter Joao Santana e Monica Moura Requião na cadeia é que o casal foi avisado 3 (três) dias antes que  a Lava Jato iria fazer a Operação Acarajé. Mostrando claramente que existem bandidos tentando obstruir a justiça e colocando em risco inclusive  a vida dos agentes da Policia Federal que iriam participar da chamada Operação Acarajé.
Alice de Moura Requião enteada de João Santana que é dona da Digital Polis e também dona da POLISTUR – PEIXINHO já sabiam da deflagração da Operação tanto que emitiram passagens para o advogado partir para a República Dominicana.
Cita o relatório da Policia Federal:
O relatório de interceptação telemática dos investigados consubstanciada no Relatório de Análise de Polícia Judiciária n° 44  traz ainda dois fatos relevantes:
Peixinho 21) O Item 1.1. do Relatório noticia que JOÃO CERQUEIRA DE SANTANA FILHO, no dia da deflagração da 23ª fase da Operação Lavajato, excluiu sua conta no Dropbox, serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos em nuvem (“cloud computing”), possibilitando a sincronização de diversos aparelhos eletrônicos com a referida conta (celulares e computadores), em clara tentativa de eliminar eventuais elementos probatórios relevantes que ali
pudessem ser encontrados;
2) No dia 19/02, mais precisamente às 23:12, CLARICE PEIXINHO, responsável pela POLISTOUR, envia mensagem de correio eletrônico a MONICA MOURA, indagando se poderia adquirir bilhete aéreo já reservado para o advogado do casal, para que ele se deslocasse à República Dominicana, onde o casal se encontrava. De início, parece-nos curioso que a funcionária CLARICE estivesse trabalhando numa sexta-feira, após as 23 horas. Ademais, na quinta-feira iniciaram-se as mobilizações de pessoal para a deflagração da 23ª fase da  Operação, o que indica, como bem anotado pela equipe de análise, a possibilidade de que os investigados tenham tomado conhecimento da deflagração da Operação que se daria três dias depois.
Peixinho 1
Polistur 2
Conforme já relatado Alice Requião era da Conspiração Filmes empresa dirigida por Lula Buarque de Hollanda acusada de lavar dinheiro pra André Vargas então secretario do PT .
Conspiracao untitled

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sexta-feira, 4 de março de 2016

Dunga faz convocação e chama Kaká de volta!

DUNGA CONVOCA SELEÇÃO
O técnico Dunga convocou na quinta-feira os jogadores que formarão a Seleção Brasileira. São eles: goleiros, Diego Alves (Valência), Alison (Internacional), Marcelo Grohe (Grêmio); laterais: Danilo (Real Madrid), Daniel Alves (Barcelona); Felipe Luis (Atlético de Madrid); Alex Sandro (Juventus de Turim); zagueiros: David Luiz (PSG); Miranda (Internazionale); Marquinhos (PSG) e Gil (Shandong)
Os volantes e os meias são Luiz Gustavo (Wolfsburg); Fernandinho (Manchester City);Philipe Coutinho (Liverpool); Renato Augusto (Beijing); Oscar (Chelsea); Lucas Lima (Santos); William (Chelsea); Kaká (Orlando City).
Atacantes: Douglas Costa (Bayern de Munique); Neymar (Barcelona); Hulk (Zenith) e Ricardo Oliveira (Santos).
Kaká foi convocado e está de volta à Seleção Canarinho.
A Seleção Brasileira jogará duas paradas indigestas, contra o Uruguai no dia 25 de março, na Arena Pernambuco, em Recife, e, depois contra o Paraguai, no dia 29 de março, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, ambas a partir das 21h45..

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***

Polícia Federal leva Luiz Inácio Lula da Silva para depor

Ex-presidente foi levado
coercitivamente para Congonhas
Por volta das seis horas da manhã desta sexta-feira, dia 04 de março, agentes da PF estavam a postos
em frente ao prédio onde mora Luiz Inácio Lula da Silva, num aparato ainda não usado na Lava Jato

Lula, que já foi presidente do Brasil,  foi levado na manhã desta sexta-feira, dia 04 de março de 2016, para prestar depoimento na polícia Federal na 24º fase da operação Lava Jato.
As emissoras das redes de TV anunciavam, desde às seis horas da manhã, que agentes da Polícia Federal, cercados de um aparato de segurança ainda não utilizado anteriormente, se posicionaram em frente aos prédios de Lula e seu filho Lulinha.


No total, a Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. O Instituto Lula, ligado ao ex-presidente, também é um dos alvos da operação. Seu presidente, Paulo Okamoto, também deverá ser levado coercitivamente para depor. Grupos favoráveis e contrários ao petista foram para a frente do prédio dele em São Bernardo, e houve princípio de confusão. A operação foi denominada "Aletheia", em referência à expressão grega que significa "busca da verdade".

Lula agora é acusado de ser um dos beneficiários dos crimes na Petrobras e só era, por enquanto, por ocultação de patrimônio mas, após a delação de Delcídio do Amaral, que foi líder do governo no Senado, publicado na revista IstoÉ,  denunciando o envolvimento do ex-presidente em várias situações, incluindo nisso o sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá, Lula passou a ser suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção.

O ex do Planalto estava entre os 11 que foram levados para depor coercitivamente e foi encaminhado para ser inquirido, como informado primeiramente,  no escritório da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, por ser considerado o lugar mais seguro, naquele momento. Isso, embora houvesse um mandado de segurança a favor dele para não ser interrogado em São Paulo. Entre os 33 endereços apontados como alvos dessa fase da operação, a maioria relacionada é de amigos e parentes de Lula!

A PF também cumpre um mandado de condução coercitiva em Salvador e mandados de busca na capital baiana e Rio de Janeiro. As cidades alvo da ação são: Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André, Manduri.

Os que tiveram mandado de condução coercitiva, além de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República; Paulo Tarciso Okamotto, que é o presidente do Instituto Lula; Paulo Roberto Valente Gordilho,  funcionário da OAS; João Henrique Worn, taxista que levou dinheiro da UTC para José de Filippi em 2010; Elcio Pereira Vieira, apelidado de Maradona, e caseiro de Lula; José de Filippi Junior, ex-tesoureiro da campanha de Lula e de Dilma; Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor especial de Lula no Planalto e que recebeu a mudança; além dos ainda não identificados Paulo Marcelino Mello Coelho, Luiz Antonio Pazine, Alessandro Tomazila e Alexandre Antonio da Silva

Há informações de evidências de que os crimes que enriqueceram e financiaram campanhas eleitorais e o caixa de seu partido político, o PT. Lula, recentemente, foi apontado como pessoa cuja a atuação foi relevante para o sucesso da atividade criminosa, de acordo com agentes da força-tarefa.

Foram encontradas pela PF evidências de que Lula recebeu benefícios da OAS, da Odebrecht e de José Carlos Bumlai, todos envolvidos em esquema de fraude na Petrobras. As duas construtoras fizeram reformas e compraram móveis para o sítio e o tríplex, que se supõe sejam de Lula e Bumlai teria feito pagamento para a realização essas obras.

Entre os que estão sendo ouvidos o braço direito do ex-presidente e atual presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, e José de Fillipi Júnior, ex-prefeito de Diadema que foi tesoureiro da campanha de Lula e Paulo Gortilho, diretor da OAS.


Imprensa Internacional - Repercussão

A repercussão na imprensa internacional sobre o fato de Lula ter sido convocado nos autos da Lava Jato foi i9mediata e vários jornais chamaram manchetes garrafais em suas páginas mais importantes




O jornal El País, em sua edição em Inglês...

O alemão Bild...

Clarin, também usou sua primeira página...

O El país, em espanhol, teve manchete na primeira página...

Em todos, pelo mundo, havia o assunto do dia: Lula...

O The New York Times não deixou por menos...
Fontes: Emissoras de TV (Globo/Record/Band) e Internet
Imagens: Reprodução Internet reservados os direitos de seus criadores
...
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quinta-feira, 3 de março de 2016

BOMBA!: A delação de Delcídio complica Lula e Dilma.

A delação de Delcídio


Revelações do senador à força-tarefa da Lava Jato, obtidas por ISTOÉ, complicam de vez a situação da presidente Dilma e comprometem Lula
Débora Bergamasco, de Curitiba.

Pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. ISTOÉ teve acesso às revelações feitas pelo senador. Ocupam cerca de 400 páginas e formam o mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão.
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Com extraordinária riqueza de detalhes, o senador descreveu a ação decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do Planalto, a presidente usou seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.

O senador Delcídio também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e pessoalmente para barrar as investigações - inclusive sendo o mandante do pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas. O relato de Delcídio é devastador e complica de vez Dilma e Lula, pois trata-se de uma narrativa de quem não só testemunhou e esteve presente nas reuniões em que decisões nada republicanas foram tomadas, como participou ativamente de ilegalidades ali combinadas –a mando de Dilma e Lula, segundo ele.

Nos próximos dias, o ministro Teori Zavascki decidirá se homologa ou não a delação. O acordo só não foi sacramentado até agora por conta de uma cláusula de confidencialidade de seis meses exigida por Delcídio. Apesar de avalizada por procuradores da Lava Jato, a condição imposta pelo petista não foi aceita por Zavascki, que devolveu o processo à Procuradoria-Geral da República e concedeu um prazo até a próxima semana para exclusão da exigência. Para o senador, os seis meses eram o tempo necessário para ele conseguir escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Agora, seus planos parecem comprometidos.

As preocupações de Delcídio fazem sentido. Sobretudo porque suas revelações implicaram colegas de Senado, deputados, até da oposição, e têm potencial para apressar o processo de impeachment de Dilma no Congresso. O que ele revelou sobre a presidente é gravíssimo. Segundo Delcídio, Dilma tentou por três ocasiões interferir na Lava Jato, com a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na delação.

A terceira investida da presidente contou com o envolvimento pessoal do senador petista. No primeiro anexo da delação, Delcídio disse que, diante do fracasso das duas manobras anteriores, uma das quais a famosa reunião em Portugal com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, “a solução” passava pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o STJ. “Tal nomeação seria relevante para o governo”, pois o nomeado cuidaria dos “habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ”. Na semana da definição da estratégia, Delcídio contou que esteve com Dilma no Palácio da Alvorada para uma conversa privada.

Os dois conversavam enquanto caminhavam pelos jardins do Alvorada, quando Dilma solicitou que Delcídio, na condição de líder do governo, “conversasse como o desembargador Marcelo Navarro, a fim de que ele confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo”, da Andrade Gutierrez. Conforme acertado com a presidente, Delcídio se encontrou com Navarro “no próprio Palácio do Planalto, no andar térreo, em uma pequena sala de espera”, o que, segundo o senador, pode ser atestado pelas câmeras de segurança. Na reunião, de acordo com Delcídio, Navarro “ratificou seu compromisso, alegando inclusive que o dr. Falcão (presidente do STJ, Francisco Falcão) já o havia alertado sobre o assunto”.

O acerto foi cumprido à risca. Em recente julgamento dos habeas corpus impetrados no STJ, Navarro, na condição de relator, votou pela soltura dos dois executivos. O problema, para o governo, é que o relator foi voto vencido. No placar: 4x1 pela manutenção da prisão.

A ação de uma presidente da República no sentido de nomear de um ministro para um tribunal superior em troca do seu compromisso de votar pela soltura de presos envolvidos num esquema de corrupção é inacreditável pela ousadia e presunção da impunidade. E joga por terra todo seu discurso de “liberdade de atuação da Lava Jato”, repetido como um mantra na campanha eleitoral. Só essa atitude tem potencial para ensejar um novo processo de impeachment contra ela por crime de responsabilidade.

Segundo juristas ouvidos por ISTOÉ, a lei 1.079 que define os crimes de responsabilidade diz no artigo nono, itens 6 e 7, que atenta contra a probidade administrativa – e é passível de perda de mandato – usar de suborno ou qualquer outra forma de corrupção para levar um funcionário público a proceder ilegalmente ou agir de forma incompatível com a dignidade, a honra e o decoro. O que também poderá trazer problemas para Dilma é o trecho da delação de Delcídio a respeito da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, considerada um dos negócios mais desastrosos da Petrobras e que foi firmado em 2006 com um superfaturamento de US$ 792 milhões, quando Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal.

A versão da presidente era de que ela e os conselheiros do colegiado não tinham conhecimento de cláusulas desfavoráveis a Petrobras, mas Delcídio no anexo 17 da delação é taxativo: “Dilma tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da refinaria”. “A aquisição foi feita com conhecimento de todos. Sem exceção”, reforçou o senador. Não seria a primeira vez que Delcídio desmentiria Dilma na delação. No anexo 03, o senador garante que ela teve participação efetiva na nomeação de Nestor Cerveró para a diretoria da BR Distribuidora, contrariando o que ela havia afirmado anteriormente.

No relato aos procuradores, Delcídio disse que “tem conhecimento desta ingerência (de Dilma), tendo em vista que, no dia da aprovação pelo Conselho, estava na Bahia e recebeu ligações de Dilma”. Ex-diretor internacional da Petrobras, Cerveró foi preso em janeiro de 2015, acusado de receber propina em contratos da estatal com empreiteiras. Até então, a indicação de Cerveró era atribuída a Lula e José Eduardo Dutra, ex-presidente da BR Distribuidora, falecido no ano passado. Mas segundo Delcídio, a atuação de Dilma foi “decisiva”. A presidente ligou para ele duas vezes.
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Teor explosivo: Depoimento prestado no STF por Delcídio do Amaral (PT-MS) aguarda a homologação.
Na parte inferior, o termo de acordo e os principais tópicos da delação

Na primeira, a presidente telefonou “perguntando se o Nestor já havia sido convidado para ocupar a diretoria financeira da BR Distribuidora”. “Depois, ligou novamente, confirmando a nomeação de Nestor para o referido cargo”, o que se concretizou no dia 3 de março de 2008. Cerveró foi o pivô da prisão de Delcídio. Em 25 de novembro do ano passado, pela primeira vez desde 1985, o Supremo mandava prender um senador no exercício do mandato. Um dos motivos apontados pelo ministro Teori Zavascki foi a oferta de uma mesada de R$ 50 mil para que Cerveró não celebrasse um acordo de delação premiada.

Na delação, Delcídio não só forneceu detalhes do pagamento como fez uma revelação bombástica: disse que o mandante dos pagamentos à família Cerveró foi o ex-presidente Lula. O senador petista trata do tema no anexo 02 da delação. Segundo Delcídio, Lula pediu “expressamente” para que ele ajudasse o amigo e pecuarista José Carlos Bumlai, porque ele estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró. Bumlai, segundo o senador, gozava de “total intimidade” e exercia o papel de “consigliere” da família Lula – expressão usada pela máfia italiana e consagrada no filme “O Poderoso Chefão” para designar o conselheiro que detinha uma posição de liderança e representava o chefe em reuniões importantes.

A transcrição da delação pelos procuradores diz no que consistia a ajuda exigida por Lula a Bumlai: “No caso, Delcídio intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró”. Na conversa com o ex-presidente, de acordo com outro trecho da delação, Delcídio diz que “aceitou intermediar a operação”, mas lhe explicou que “com José Carlos Bumlai seria difícil falar, mas que conversaria com o filho, Maurício Bumlai, com quem mantinha boa relação”. O acerto foi sacramentado. Depois de receber a quantia de Maurício Bumlai, a primeira remessa de R$ 50 mil foi entregue em mãos pelo próprio Delcídio ao advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, também preso pela Lava Jato.

Os repasses de dinheiro se repetiram em outras oportunidades, de acordo com Delcídio, por meio do assessor Diogo Ferreira. O total recebido foi de R$ 250 mil. Para os procuradores que tomaram o depoimento de Delcídio, a revelação é de extrema gravidade e pode justificar a prisão do ex-presidente Lula. Integrantes da Lava Jato elaboram o seguinte raciocínio: se o que embasou a detenção de Delcídio, preventivamente, foi a tentativa do senador de obstruir as investigações, atestada pela descoberta do pagamento a Cerveró, o mesmo se aplicaria a Lula, o mandante de toda a artimanha.

Não seria a primeira vez que, durante a delação aos integrantes da Lava Jato, Delcídio envolveria Lula na compra do silêncio de testemunhas. De acordo com o senador, Lula e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, em meados de 2006, articularam o pagamento a Marcos Valério para que ele se calasse sobre o mensalão. O dinheiro, um total de R$ 220 milhões destinados a sanar uma dívida, segundo Delcídio, foi prometido por Paulo Okamotto. Aos procuradores, o senador relatou uma conversa com Lula em que ele o alerta: “Acabei de sair do gabinete daquele que o senhor enviou a Belo Horizonte (Okamotto). Corra, Presidente, senão as coisas ficarão piores do que já estão”.

Na sequência, Palocci ligou para Delcídio dizendo que o Lula estava “injuriado” em razão do teor da conversa, mas que ele (Palocci), a partir daquele momento, “estaria assumindo a responsabilidade pelo pagamento da dívida”. Valério, de acordo com o senador petista, não recebeu a quantia integral pretendida. De todo o modo, diz o trecho da delação, “a história mostrou a contrapartida: Marcos Valério silenciou”. Ainda sobre o mensalão, Delcídio – ex-presidente da CPI dos Correios – disse ter testemunhado na madrugada do dia 5 de abril de 2006 as “tratativas ilícitas para retirada do relatório (final da CPI) dos nomes de Lula e do filho Fábio Luís Lula da Silva em um acordão com a oposição”. Assim, segundo o anexo 21 da delação, Lula se salvou do impeachment.
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Implicações: Juiz Sérgio Moro ganha novos elementos contra Lula

O senador ainda lembrou aos procuradores uma frase do ex-ministro José Dirceu: “Pode checar quem ia à Granja do Torto aos domingos. Te garanto que não era eu”. Sem dúvida, afirmou Delcídio, tratava-se de uma referência a Delúbio Soares e Marcos Valério. Hoje, de acordo com Delcídio, um dos temas que “mais aflige” o ex-presidente Lula é a CPI do Carf. O colegiado apura a compra de MPs durante o governo do petista para favorecer montadoras e o envolvimento do seu filho, Luis Claudio, no esquema. Segundo o senador petista, “por várias vezes Lula solicitou a ele que agisse para evitar a convocação do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para depor”.

O consultor Mauro Marcondes, amigo de Lula desde os tempos do ABC, e sua mulher foram presos na Operação Zelotes, da PF, acusado de intermediar a compra de MPs. Documentos integrantes da Operação mostram que a LFT, uma empresa de marketing esportivo pertencente a Luis Claudio Lula da Silva, recebeu R$ 1,5 milhão na mesma época em que lobistas foram remunerados por empresas interessadas na renovação da medida provisória. Afirmou Delcídio aos procuradores da Lava Jato: “Lula estava preocupado com as implicações à sua própria família, especialmente os filhos Fábio Luís e Luis Cláudio”, fato confirmado a ele por Maurício Bumlai.

Outra CPI, desta vez a dos Bingos (encerrada em 2006), segundo Delcídio, teria agido para proteger a presidente Dilma. A declaração vem no bojo de uma revelação que compromete a campanha da presidente em 2010. No anexo 29 da delação, o senador petista afirmou que “uma das maiores operações de caixa 2 para a campanha de Dilma em 2010 foi feita através do empresário Adir Assad”, condenado no fim de 2015 por ser um dos operadores do esquema do Petrolão.

“Orientados pelo tesoureiro de campanha de Dilma, José Di Filippi, os empresários faziam contratos de serviços com as empresas de Assad, que repassava recursos para as campanhas eleitorais”. De acordo com Delcídio, o encerramento prematuro e sem relatório final da CPI dos Bingos deveu-se exclusivamente a esse fato. “Quando o governo percebeu que as várias quebras de sigilo levariam à campanha Dilma 2010, determinaram o encerramento dos trabalhos”, afirmou. Parte dos depoimentos de Delcídio foi tomado dentro do próprio Supremo Tribunal Federal.

Segundo informou à ISTOÉ um dos procuradores responsáveis pelo acordo de delação, para que Delcídio conseguisse deixar a carceragem, em Brasília, sem ser notado, foi montada uma verdadeira operação de guerra envolvendo dezenas de policiais. Desde o início das tratativas a preocupação maior de Delcídio foi justamente com o vazamento prematuro do acordo. Por isso, as insistentes negativas de seus advogados. Até livrar sua pele no Senado, ele preferia o sigilo. Com o novo cenário, de altíssima octanagem, Brasília estremece. Pior para Delcídio. Melhor para os fatos.

Dilma interferiu na lava jato
No anexo 01 da delação, o senador Delcídio do Amaral revela que em três ocasiões a presidente Dilma Rousseff, no exercício do mandato, e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentaram interferir na Lava Jato. Nomeação do ministro Marcelo Navarro para o STJ fez parte de acordo para soltura de executivos presos.
 

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2- A Segunda Investida do Planalto
Em virtude da falta de êxito na primeira investida, mudou-se a estratégia, que se voltou, então, para o STJ, José Eduardo esteve em Florianópolis em agenda institucional... ... A ideia era indicar para uma das vagas no STJ o presidente do TJ de Santa Catarina, Nelson Schaefer. Em contrapartida, o ministro convocado, Dr. Trisotto, votaria pela libertação dos acusados Marcelo Odebrecht e Otavio Azevedo. A investida foi em vão porque Trisotto se negou a assumir tal responsabilidade espúria. Mais um fracasso de José Eduardo em conseguir uma nomeação”.

3- Terceira Investida do Planalto
Após os dois fracassos anteriores, rapidamente desenhou-se uma nova solução que passava pela nomeação de Marcelo Navarro, desembargador do TRF da 5ª Região, muito ligado ao ministro e presidente do STJ, Dr. Francisco Falcão. Tal nomeação seria relevante para o governo, pois o nomeado entraria na vaga detentora de prevenção para o julgamento de todos os Habeas Corpus e recursos da Lava Jato no STJ. Na semana da definição da nova estratégia, Delcídio do Amaral esteve com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada para uma conversa privada. Conversaram enquanto caminhavam pelos jardins do Palácio e Dilma solicitou que Delcídio conversasse com o desembargador Marcelo Navarro a fim de que ele confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo e de Otavio...
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“1 – A Primeira Investida do Planalto
A despeito dos discursos do governo com relação à sua isenção nos rumos da operação Lava jato, é indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de tentar promover a soltura de réus presos no curso da referida operação. Faz parte dessa articulação o advogado Sigmaringa Seixas, figura influente quando se trata, no governo, de indicações para os tribunais superiores. Nas conversas com José Eduardo Cardozo, Dilma se refere a Sigmaringa como ‘the old man’.

A primeira investida do Planalto para tentar alterar os rumos da Lava Jato salta aos olhos pela ousadia: o encontro realizado em 07/07/2015 (18 dias após a prisão de Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo) entre Dilma, José Eduardo e o presidente do STF, Ricardo Levandowski, numa escala em Porto (Portugal) para supostamente falar sobre o reajuste de verbas do Poder Judiciário. A razão apontada pela Presidência é absolutamente injustificável... ...A razão principal do encontro, em verdade, foi a mudança nos rumos da Lava Jato. Contudo, a reunião foi uma fracasso, em função do posicionamento retilíneo do ministro Levandowski, ao afirmar que não se envolveria.
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Conforme o combinado, Delcídio do Amaral se encontrou com o desembargador Marcelo Navarrro no próprio Palácio do Planalto, no andar térreo, em uma pequena sala de espera, o que poderá ser atestado pelas câmeras do Palácio. Nessa reunião, muito rápida pela gravidade do tema, o Dr. Marcelo ratificou seu compromisso, alegando inclusive que o Dr. Falcão já o havia alertado sobre o assunto. Dito e feito. A sabatina do Dr. Marcelo pelo senado e correspondente aprovação ocorreram em tempo recorde. Em recente julgamento dos habeas Corpus impetrados no STJ, confirmando o compromisso assumido, o Dr. Marcelo Navarro, na condição de relator, votou favoravelmente pela soltura dos dois executivos (Marcelo e Otavio). Entretanto, obteve um revés de 4X1 contra seu posicionamento, vez que as prisões foram mantidas pelos outros ministros da 5ª turma do STJ.”

Dilma sabia de tudo do acerto de Pasadena
O senador conta que como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff, sabia que por trás da compra da Refinaria de Pasadena havia um esquema de superfaturamento para desviar recursos da estatal. Ela poderia ter barrado as negociações, mas os contratos foram aprovados pelo Conselho de Administração em tempo recorde e a Petrobras teve um prejuízo de US$ 792 milhões, como foi comprovado pela Lava Jato e pelo TCU.

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“Dilma Rousseff, como então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da Refinaria de Pasadena e de tudo o que esse encerrava. A alegação de Dilma de que ignorava o expediente habitualmente utilizado em contratos desse tipo, alegando desconhecimento de cláusula como put option, absolutamente convencional, é, no mínimo, questionável. Da mesma forma, discutir um revamp de refinaria que nunca ocorreu, é inadmissível. A tramitação do processo de aquisição de Pasadena durou um dia entre a reunião da Diretoria Executiva e o Conselho de Administração. Delcídio esclarece que a aquisição de Pasadena foi feita com o conhecimento de todos. Sem exceção”.

8Delcidio.jpgDilma queria Cerveró na Petrobrás
O senador revela como, em 2008, Dilma Rousseff atuou de forma decisiva para que Nestor Cerveró fosse mantido na direção da Petrobras. Na ocasião, Cerveró perdeu o cargo de diretor Internacional por pressão do PMDB, mas Dilma conseguiu coloca-lo na Diretoria Financeira da BR Distribuidora.

9Delcidio.jpg“Diferentemente do que afirmou Dilma Rousseff em outras oportunidades, a indicação de Nestor Cerveró para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora contou efetivamente com a sua participação. Delcídio do Amaral tem conhecimento dessa ingerência tendo em vista que, no dia da aprovação pelo Conselho, estava na Bahia e recebeu ligações de Dilma...
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Lula comprou o silêncio de Marcos Valério
O ex-presidente cedeu às chantagens do publicitário Marcos Valério que exigiu R$ 220 milhões para se calar na CPI dos Correios sobre os meandros do Mensalão. Em seu depoimento, Delcídio afirma que ele e Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) tentaram negociar o pagamento, mas que foi o ex-ministro Antônio Palocci quem assumiu essa tarefa
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“Delcidio do Amaral tem conhecimento de que um dos temas que mais aflige o presidente Lula é a CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A preocupação do ex- presidente foi elevada especialmente quando da convocação de Mauro Marcondes e sua esposa Cristina Mautoni. Por várias vezes o próprio Lula solicitou a Delcidio que agisse para evitar a convocação do casal para depor perante a CPI. Lula alegava que estava muito preocupado com eles.

...Não é correta a informação de que a Diretoria Financeira da BR Distribuidora tenha sido produto de entendimento exclusivo de Lula e Dutra (José Eduardo). Dilma Rousseff teve atuação decisiva, comprovada através das ligações mencionadas, quando da sua chegada ao Rio de Janeiro para a reunião do Conselho de Administração da Petrobras. Dilma Rousseff ligou para Delcídio perguntando se o Nestor já havia sido convidado para ocupar a Diretoria Financeira da BR Distribuidora. Depois, ligou novamente confirmando a nomeação de Nestor para o referido cargo, o que restou concretizado na segunda-feira, 03/03/2008, quando da posse de Nestor na BR Distribuidora e de Jorge Zelada na área internacional da Petrobras”.

CPI dos bingos protegeu Dilma

No anexo 29 da delação premiada, o senador Delcídio do Amaral descreve aos membros da Lava Jato uma operação de caixa dois na campanha de Dilma em 2010 feita pelo doleiro Adir Assad. Segundo Delcídio, o esquema seria descoberto pela CPI dos Bingos, mas o governo usou a base de apoio no Congresso para barrar a investigação dos parlamentares.
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“Uma das maiores operações de caixa dois da campanha de Dilma em 2010 foi feita através de Adir Assad. Orientados pelo tesoureiro da campanha, José Filippi, os empresários faziam contratos de serviços com as empresas de Assad, que repassava os recursos para as campanhas eleitorais. Esse expediente foi largamente utilizado e o encerramento prematuro e sem relatório final da CPI dos Bingos deveu-se exclusivamente a esse fato. Quando o governo percebeu que as várias quebras de sigilo levariam à campanha de Dilma, determinou o encerramento imediato dos trabalhos”.

Lula mandou pagar Cerveró
Um dos relatos mais explosivos feitos pelo senador Delcídio do Amaral à operação Lava Jato está no anexo 2. O senador revela aos procuradores que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou o esquema do pagamento de uma mesada a Cerveró para tentar evitar sua delação premiada. Foi por intermediar esses pagamentos que Delcídio acabou na cadeia. Lula não queria que o ex-diretor da Petrobras mencionasse o esquema do pecuarista José Carlos Bumlai na compra de sondas superfaturadas feitas pela estatal.
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“Lula pediu expressamente a Delcídio do Amaral para ajudar o Bumlai porque supostamente ele estaria implicado nas delações de Fernando Soares e Nestor Cerveró. No caso, Delcídio intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró com recursos fornecidos por Bumlai. Delcídio explicou a Lula que com José Carlos Bumlai seria difícil falar, mas que conversaria com o filho, Maurício Bumlai, com quem mantinha uma boa relação. Delcidio, vendo a oportunidade de ajudar a família de Nestor, aceitou intermediar a operação.

A primeira remessa de R$ 50.000,00 foi entregue pelo próprio Delcidio do Amaral em mãos do advogado Edson Ribeiro, após receber a quantia de Mauricio Bumlai, em um almoço na churrascaria Rodeio do Iguatemi, em 22/05/2015 (em anexo existe base documental para isso). As entregas de valores à família de Nestor Cerveró se repetiram em outras oportunidades. Nessas outras oportunidades quem fez a entrega foi o assessor Diogo Ferreira (em anexo existe base documental disso). O total recebido pela família de Nestor foi de R$ 250.000,00. O próprio Bernardo (filho de Nestor Cerveró) recebeu em espécie do Diogo.
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“Em 14/02/2006 foi conversado sobre o pagamento de uma dívida prometida por Paulo Okamotto em Belo Horizonte, a fim de que Marcos Valério silenciasse em relação às questões do mensalão. Nos dois dias seguintes, Delcidio do Amaral se reuniu sucessivamente: primeiro com Paulo Okamoto, a fim de que ele cumprisse com o prometido em Belo Horizonte (de acordo com Marcos Valério o valor seria de R$ 220 milhões); segundo com o ex-presidente Lula, sendo que na conversa Delcidio disse expressamente ao presidente: ‘acabei de sair do gabinete daquele que o senhor enviou à Belo Horizonte. Corra presidente, senão as coisas ficarão piores do que já estão’

No dia seguinte, Delcidio recebeu uma ligação do então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, na qual este disse: ‘parece que sua reunião com o Lula foi muito boa, né?’. A resposta de Delcidio foi a seguinte: ‘não sei se foi boa para ele’. Na sequência, o ministro da Fazenda, Palocci, ligou para Delcidio dizendo que Lula estava ‘injuriado’ com ele em razão do teor da conversa. Contudo, Palocci disse que estaria, a partir daquele momento, assumindo a responsabilidade pelo pagamento da dívida. Marcos Valério recebeu, mas não a quantia integral pretendida. De todo modo, a história mostrou a contrapartida: Marcos Valério silenciou.”

“Exclusão de Lula e Lulinha da
CPI dos correios evitou o impeachment”
No anexo 21 da delação, Delcídio relata a forte atuação de Lula e aliados sobre os parlamentares da CPI dos Correios. O senador, que presidiu a CPI, afirma que a votação do relatório que poupou o ex-presidente foi duvidosa.
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“Lula se salvou de um impeachment com a exclusão de seu nome e de seu filho Fábio Lula da Silva (o Lulinha) na madrugada do dia 05/04/2006 do relatório final da CPI dos Correios, que foi aprovado em votação polêmica e duvidosa naquele mesmo dia”.
Lula pressiona CPI do CARF para proteger a família
Delcidio afirmou aos procuradores da Lava Jato que, como líder do governo, foi pressionado por Lula para que Mauro Marcondes e Cristina Mautoni não fossem depor na CPI que apura a venda de Medidas Provisórias. Ele revelou que o ex-presidente temia que o casal pudesse implicar seus filhos no escândalo.
96Delcidio.jpg Mas, em verdade, Lula estava preocupado com implicações à sua própria família, especialmente com os filhos Fábio Luiz Lula da Silva e Luiz Claudio Lula da Silva. Esse fato foi confirmado a Delcídio por Maurício Bumlai, que conhece muito bem a relação dos familiares de Lula com a casal. Em resposta a insistência de Lula, Delcídio, como líder do governo no Senado, mobilizou a base do governo para derrubar os requerimentos de convocação do casal na reunião ocorrida em 05/11/2015, onde logrou êxito”.97Delcidio.jpgBumlai é o consigliere da família Lula
No anexo 6 de sua delação premiada, Delcidio descreve as relações de Bumlai com o ex-presidente e sua família. Fala sobre os negócios escusos envolvendo o pecuarista e a Petrobras e cita as obras no sítio de Atibaia.

 “Ao contrário do que afirma o ex-presidente Lula, José Carlos Bumlai goza de total intimidade com ele, representando de certa maneira o papel de ‘consigliere’ da família Lula....

De todas as ações ilícitas de Bumlai, uma das mais relevantes é a aquisição/operação, pela Petrobras, da sonda Vitória 10.000, cujos desdobramentos políticos e financeiros são muito maiores do que os divulgados. O negócio foi feito com a finalidade de quitar uma dívida de Bumlai com o Banco Schahim, divida essa de R$ 12 milhões. O contrato girou em torno de US$ 16 milhões... A realidade é que o contrato não só quitou a dívida de Bumlai como pagou dívidas da campanha presidencial de Lula em 2006...

98Delcidio.jpgBumlai foi o principal responsável pela implementação do Instituto Lula, disponibilizando de todo o aparato logístico e financeiro. Foi também a pessoa que ficou responsável, em um primeiro momento, pelas obras do sítio de Atibaia, do ex-presidente Lula. Delcidio tem conhecimento de que Bumlai já tinha contratado arquiteto e engenheiro para a realização das obras, o que foi abortado por Léo Pinheiro, outro grande amigo do presidente, que pessoalmente se dispôs a fazer o serviço através da OAS em um curto espaço de tempo”.

Pedágio na CPI da Petrobras Delcído diz que os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Vital do Rego (PMDB-PB) e os deputados Marco Maia (PT-RS) e Fernando Francischini (SD-PR) cobravam de empreiteiros para não serem convocados na CPI da Petrobras.

“Delcidio do Amaral sabe de ilicitudes envolvendo o desfecho da CPI que apurava os crimes no âmbito da Petrobras. A CPI obrigava Léo Pinheiro, Júlio Camargo e Ricardo Pessoa a jantarem todas as segundas-feiras em Brasília. O objetivo desses jantares era evitar que os empresários fossem convocados para depor na CPI. Os senadores Gim Argello, Vital do Rego e os deputados Marco Maia e Francischini cobravam pedágio para não convocar e evitar maiores investigações contra Léo Pinheiro, Júlio Camargo e Ricardo Pessoa.”

Créditos das fotos nesta matéria: Gilberto Tadday; Antônio Cruz/Agência Brasil; Ichiro Guerra; Marcos Oliveira/Agência Senado; Rodrigues Pozzebom/Agência Brasilfotos: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo; Juca Varella/Estadão Conteúdo; Márcio Fernandes/ Estadão Conteúdo

Fonte: ISTOÉ
Autor: ISTOÉ