PL para trocar o nome da
Rodovia Castello Branco para
Rodovia Eunice Paiva
Guilherme Cortez, deputado estadual do PSOL, apresentou um projeto de lei para mudar o nome da Rodovia Presidente Castello Branco, a SP-280, para Rodovia Eunice Paiva. A proposta foi motivada pela premiação do filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar 2025 de Melhor Filme Estrangeiro.
Eunice Paiva foi uma ativista dos direitos humanos e viúva de Rubens Paiva, deputado morto quando do regime militar de 1964. Castello Branco, que dá nome à rodovia, foi um dos articuladores do que a esquerda chama de "golpe militar" de 1964 e presidente do Brasil por meio de eleição indireta.
A rodovia, inaugurada em 1968, possui 315 km e liga a capital São Paulo a cidades do interior, terminando entre Espírito Santo do Turvo e Santa Cruz do Rio Pardo.
O projeto se baseia no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que recomenda a remoção de nomes de figuras históricas ligadas à repressão e violação de direitos humanos.
Eunice Paiva foi presa durante o regime militar e, após ser libertada, buscou incessantemente informações sobre o paradeiro do marido, sem sucesso. Ela se formou em Direito e se dedicou à defesa dos direitos indígenas e causas sociais. Faleceu em 12 de dezembro de 2018, aos 86 anos, vítima do Mal de Alzheimer.
O filme Ainda Estou Aqui, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, conta a história da família e foi dirigido por Walter Salles, conquistando o Oscar inédito para o cinema nacional.
O projeto precisa passar por três comissões na Alesp antes de ir ao plenário. Para ser aprovado, necessita do apoio de pelo menos 47 deputados estaduais. Caso aprovado, será enviado para sanção do governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que pode vetar ou aprovar a proposta. Se vetado, volta à Alesp, onde pode ter o veto derrubado por maioria dos deputados.
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