O Brasil, como país-sede da COP30 (que será realizada em Belém, no Pará), está buscando estabelecer uma agenda ambiciosa e com foco na realidade da Amazônia e nos países em desenvolvimento.
Os principais temas e propostas que o Brasil levará para a conferência, com base nas comunicações oficiais da Presidência e nas prioridades do governo, incluem:
1. Novo Financiamento Climático e Sinais Econômicos
O tema do financiamento é central, com o Brasil propondo mecanismos inovadores para mobilizar recursos para a ação climática nos países em desenvolvimento:
Taxonomia Sustentável Global: O Brasil busca colocar no centro do debate a necessidade de uma taxonomia sustentável padronizada e oficial. O objetivo é definir de forma clara e objetiva quais atividades são realmente sustentáveis, combatendo o greenwashing e orientando investimentos (ESG) para a economia verde.
Aceleração do Acordo de Paris e Novas Metas (NDCs): Cobrar o cumprimento das metas globais e criar um "mapa do caminho" para o financiamento climático, buscando tirar do papel novos modelos de investimento.
Novos Mecanismos de Financiamento: Propostas como o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), visando criar um fundo para a preservação florestal e oferecer benefícios a comunidades tradicionais.
2. A Amazônia e a Inclusão Social
Sediar a COP na Amazônia (Belém) coloca o foco na biodiversidade, florestas e justiça social.
Voz dos Povos Tradicionais e Indígenas: O Brasil pretende dar protagonismo às comunidades locais e tradicionais, mostrando que a preservação da floresta em pé está intrinsecamente ligada à garantia dos seus direitos territoriais e à valorização das economias da sociobiodiversidade.
Transição Justa: O país defende que a transição ecológica não pode ignorar os impactos sociais e que deve gerar empregos, renda e desenvolvimento de forma resiliente e inclusiva para as populações mais vulneráveis.
Redução do Desmatamento: O Brasil busca apresentar seus avanços no combate ao desmatamento e soluções para a agricultura sustentável e uso de energias renováveis.
3. Mutirão Global e Implementação
A presidência brasileira tem destacado o conceito de "Mutirão Global", inspirado em valores indígenas, para mobilizar a cooperação:
Implementação Acelerada: A principal meta é transformar compromissos climáticos em ações concretas com a velocidade necessária.
Mobilização Ampla: A COP30 é vista como uma plataforma para transcender divisões e mobilizar não só governos, mas também a sociedade civil, setor privado e a juventude, no esforço coletivo contra a crise climática.
Esses temas refletem o esforço do Brasil em usar a COP30 para promover uma agenda que une a conservação ambiental do Sul Global com as urgências econômicas e sociais.
O presidente Lula da Silva (PT) terá uma agenda focada no balanço dos dez anos do Acordo de Paris, no Fundo de Florestas, em transição energética e na importância do financiamento e dos oceanos durante a cúpula de líderes que precede o evento.
As perguntas que esperam respostas:
1 - A Noruega é a maior doadora do fundo Amazônia. Isso é benevolência ou peso na consciência por serem um dos maiores exportadores de petróleo do mundo?
2 - Desde a sua concepção, qual foi a política de maior impacto gerada pela COP30? Atualmente as COPs parecem servir apenas para turismo político.
3 - Qual é a capacidade do Brasil liderar políticas ambientais enquanto avança com a pec do desmatamento e prospecção de petróleo no norte do país?
4 - O presidente Lula vai abordar a decisão de explorar a margem equatorial do Norte para explorar petróleo. Isso é muito contraditório em relação ao objetivo principal da COP30.
5 - Mercado de carbono = outros exploram, constroem, se industrializam, e para compensar, outros continuam subdesenvolvidos e recebem uma mesada. É isso? (CVG)

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