quinta-feira, 20 de novembro de 2025

20nov2025 - Avião venezuelano invade território e é obrigado a descer

   A quarta-feira, dia 19, começou com alerta máximo para a Defesa Aeroespacial, que acompanhou a entrada irregular de uma aeronave oriunda da Venezuela sobre a Reserva Yanomami, na Amazônia. 

   Considerado suspeito por não apresentar plano de voo e descumprir normas de navegação, o avião foi interceptado por caças A-29 Super Tucano, desencadeando uma sequência de medidas previstas na legislação - desde a identificação visual até o Tiro de Aviso, culminando na neutralização da ameaça em território nacional.

   A operação da Força Aérea Brasileira (FAB) seguiu rigorosamente os protocolos do Decreto nº 5.144/2004, que regula as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo. A atuação começou com a detecção do alvo pelos radares, sua classificação como aeronave suspeita e o acionamento de duas aeronaves A-29 Super Tucano do COMAE.

   Na fase de averiguação, os caças realizaram identificação visual e monitoramento de rota, buscando confirmar o comportamento hostil da aeronave. Diante da ausência completa de respostas, iniciaram-se as medidas de intervenção, incluindo ordens para alterar rota e pousar em aeródromo indicado.

   Com a persistente recusa do piloto, o procedimento avançou para o Tiro de Aviso, realizado de forma controlada para forçar o cumprimento das determinações. A continuidade da resistência exigiu a reclassificação da aeronave como hostil, habilitando o uso do Tiro de Detenção, recurso extremo previsto em lei para impedir a continuidade do voo.

   O piloto realizou pouso em pista clandestina na região de Surucucu, em Roraima. Um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB transportou equipes para executar Medidas de Controle no Solo, isolando a área e garantindo segurança. Em seguida, militares do Comando Conjunto Catrimani II neutralizaram a aeronave, cuja matrícula estava adulterada.  Defesa aeroespacial

Segurança da Fronteira, Comunidades
Indígenas e Prevenção ao Tráfico
   A Reserva Yanomami é uma das regiões mais sensíveis do Brasil, abrigando comunidades indígenas vulneráveis em meio à atuação constante de atividades ilegais. A interceptação reforça o papel central da FAB na proteção das fronteiras e no combate ao tráfico transnacional.

   A entrada de aeronaves clandestinas é frequentemente associada ao transporte de drogas, apoio logístico ao garimpo ilegal e a organizações criminosas que operam entre Brasil e Venezuela. Ao impedir a continuidade do voo, a operação reduziu riscos imediatos à população indígena e às estruturas de segurança local.

   A articulação com o Comando Conjunto Catrimani II reforça a integração das Forças Armadas no enfrentamento ao crime organizado na Amazônia, região onde o Estado precisa se fazer presente de forma constante para preservar soberania, prevenir ilícitos e garantir proteção social às comunidades tradicionais.

Defesa Aeroespacial, Soberania e Estratégia Nacional
A ação reafirma a capacidade do Brasil de controlar e defender seu espaço aéreo, especialmente em uma das regiões mais desafiadoras do planeta. A prontidão da Defesa Aeroespacial demonstra a capacidade do país de responder a ameaças em tempo real, inclusive em áreas remotas e de difícil acesso. Equipamento da marinha

   O A-29 Super Tucano se destaca como vetor essencial nessas operações, graças à sua robustez, capacidade de operar em pistas curtas e integração com sistemas de comando e controle, consolidando-se como pilar do policiamento aéreo.

   Ao neutralizar uma aeronave com matrícula adulterada e operação clandestina, o Brasil reforça sua política de tolerância zero para violações e reafirma sua soberania. A operação fortalece o controle do espaço aéreo e aumenta a capacidade do Estado de proteger a Amazônia e suas populações.

(Informações e imagens da Agência Força Aérea - Jornalista (MTB 38082/RJ)

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