Às 08h, café da manhã com o Presidente da República do Paraguai, Santiago Peña, na Residência Oficial do Brasil em Buenos Aires.
Às 10h, Sessão Plenária da Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e dos Estados Associados, no Palácio San Martín.
Às 12h50 acontece a Cerimônia de transmissão da Presidência Pro Tempore da República Argentina para a República Federativa do Brasil, também no Palácio San Martín.
Após a Cúpula Lula deverá fazer uma visita à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que está em prisão domiciliar.
Às 15h, Lula e comitiva brasileira partem de Buenos Aires para o Rio de Janeiro, no Aeroestação Militar Aeroparque.
Às 17h30 está prevista a chegada ao Rio de Janeiro, no Aeroporto Santos Dumont.
Segundo publicações oficiais, a relação do Brasil com os demais membros do Mercosul é dinâmica e multifacetada, com aspectos econômicos, políticos e sociais que moldam a cooperação regional.
Argentina
A relação com a Argentina é, sem dúvida, a mais estratégica e historicamente complexa do bloco. Após um período de rivalidade, os dois países construíram uma forte integração, sendo que juntos representam a maior parte do PIB e da população do Mercosul.
Embora as gestões de Lula e Milei tenham diferenças ideológicas, a importância da relação bilateral para ambos os países é inegável, especialmente no setor automotivo e em outras áreas de cooperação econômica e tecnológica. A proximidade é fundamental para a estabilidade regional e a inserção global do Brasil.
Paraguai
Brasil e Paraguai têm uma relação histórica e economicamente relevante, com o Brasil sendo o principal parceiro comercial do Paraguai. A questão da Usina de Itaipu, uma hidrelétrica binacional, tem sido um ponto central nas discussões, com o Brasil tendo concordado em aumentar os pagamentos ao Paraguai pela energia gerada. Há também uma grande comunidade brasileira vivendo no Paraguai. Apesar de algumas diferenças em questões tarifárias e no perfil dos governos, a cooperação na segurança de fronteira e a busca por soluções conjuntas para desafios regionais são prioridades.
Uruguai
O Uruguai é um parceiro importante e confiável do Brasil na América do Sul, com fortes laços históricos, políticos e humanos. A cooperação entre os países é abrangente, incluindo áreas econômicas, tecnológicas e sociais.
O comércio bilateral é significativo, e há uma grande colaboração em questões de fronteira e na gestão de recursos hídricos compartilhados, como as lagoas Patos e Mirim. A confiança mútua é um pilar da relação, e ambos os países trabalham juntos para fortalecer a integração sul-americana dentro do Mercosul.
Bolívia
A Bolívia recentemente concluiu o processo de adesão para se tornar um membro pleno do Mercosul, após ser um estado associado. Essa entrada é um marco importante para o bloco, ampliando sua abrangência geográfica e econômica. A relação do Brasil com a Bolívia, que compartilha uma extensa fronteira e importantes laços comerciais, tende a se aprofundar com essa nova condição da Bolívia no Mercosul.
Venezuela
A Venezuela foi suspensa do Mercosul em 2016 por não cumprir os princípios democráticos do bloco. Durante o governo Bolsonaro, as relações diplomáticas com a Venezuela foram cortadas, mas foram restabelecidas com a posse de Lula em 2023. Atualmente, o Brasil busca retomar os laços comerciais e a cooperação bilateral, apesar da suspensão da Venezuela do Mercosul.
A reintegração da Venezuela ao bloco é um tema que pode gerar discussões e divergências entre os membros, considerando as diferentes visões políticas dos governos atuais.
Em geral, o Brasil, como maior economia do Mercosul, busca fortalecer a integração regional, expandir acordos comerciais (como o aguardado acordo com a União Europeia, que ainda enfrenta obstáculos, e o recente com a EFTA), e promover a coordenação em temas de interesse comum, como segurança, infraestrutura e desenvolvimento.